O incêndio, ocorrido no final de julho, num armazém da Auto Sueco, no Porto, teve origem acidental, segundo um relatório preliminar. Ao JN, o grupo Nors confirma que os danos foram "significativos" e adianta que está a "equacionar várias alternativas para reabilitar o edifício".
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O fumo chegou a ser avistado a quilómetros de distância. O incêndio, que deflagrou num armazém de peças de camiões da Auto Sueco, na zona industrial do Porto, e que foi combatido por 147 bombeiros, auxiliados por 52 veículos, teve origem acidental, adianta, ao JN, o grupo Nors.
"De acordo com o relatório preliminar que foi disponibilizado, a origem do incêndio foi acidental, aguardando-se, nesta fase, o relatório definitivo que está a ser elaborado pelas entidades competentes", revela o grupo Nors, numa nota enviada ao JN.
O fogo, que demorou cerca de cinco horas a ser extinto, levou ao colapso da cobertura do armazém, que ficou praticamente destruído. O volume dos danos ainda não estão quantificados. Mas a Nors, grupo a que pertence a Auto Sueco, admite que sejam avultados.
"Os prejuízos estão a ser apurados mas podemos, desde já, adiantar que, face à destruição dos edifícios e a disrupção no negócio, os impactos financeiros e económicos no grupo são significativos", diz a empresa.
As instalações, situadas na rua Manuel Pinto de Azevedo, em Ramalde, vão ser reabilitadas. Para já, o setor aftermarket, que ocupava o armazém em causa, "tentou minimizar as perdas, concentrando a sua operação e reforçando a capacidade logística noutras zonas do país para responder às necessidades imediatas dos seus clientes".
Mas, a empresa já pretendia transferir o conteúdo daquele armazém para outro local. Um processo que vai ser agora agilizado. "Está a trabalhar na reabertura das operações no Norte, muito em breve, em futuras instalações arrendadas na zona do Grande Porto", adianta o grupo Nors.
Quanto ao edifício destruído pelas chamas, "o grupo está a equacionar várias alternativas" para a sua reabilitação. Entretanto, os funcionários dos escritórios da Auto Sueco Portugal, empresas do setor aftermarket (Civiparts e OneDrive) e a Amplitude Seguros "continuam a trabalhar em dois edifícios do grupo, localizados nas proximidades, que foram adaptados, com agilidade, do ponto de vista de espaço e dinâmicas de equipa, nomeadamente com a conjugação de tempos de escritório e teletrabalho".
"Os colaboradores que ainda não retomaram à atividade plena, mantêm a remuneração por inteiro até ao seu regresso, que se espera para breve", informa ainda o grupo Nors.
O SITE-Norte (Sindicato das Industrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente confirma, ao JN, que "está tudo a decorrer de acordo com o que foi anunciado pela empresa aquando do incêndio. "As garantias imediatas do grupo de que nenhum posto de trabalho estaria em causa deram, logo, alguma serenidade aos trabalhadores. Estamos a acompanhar a situação. Até ao momento, não fomos contactados por nenhum trabalhador, o que nos leva a crer que tudo está a ser cumprido", afirma o dirigente Sérgio Monteiro.