Isabel Carvalho, presidente da Junta de Pedrouços, na Maia, confirmou esta quinta-feira ao JN que já tinha avisado a Câmara das queixas dos moradores relativamente ao ruído e ao fogo de artifício que era lançado do espaço que organiza casamentos e onde no domingo aconteceu um incêndio.
Corpo do artigo
"Já tínhamos informado a Câmara do que ali se passava, porque as pessoas - não só do bairro da Brisa, como de outro ali próximo - queixam-se que as festas duram madrugada fora", referiu a autarca. Apesar disso, Isabel Carvalho assumiu "nunca" ter tido contacto com o dono da quinta. "É lamentável a situação", frisou.
Já sobre o apelo que tem corrido nas redes sociais de suspensão do fogo de artifício inserido nas festas em honra de Nossa Senhora da Natividade, e previsto para a noite do próximo sábado, a autarca confirmou que vai acontecer, uma vez que foi aprovado o Plano de Contigência.
Ajudas "têm superado todas as expetativas"
De igual modo, a presidente de Junta referiu que esforços que têm sido feitos para ajudar Vânia, Marco e Rodrigo, o casal e o menino de dois anos que ficaram desalojados em sequência do fogo que teve origem na quinta, "têm superado todas as expectativas".
"Além da rapidez com que a Espaço Municipal tratou de realojar esta família num T3, a casa é praticamente igual à que o casal tinha, inclusive com um terraço", contou Isabel Carvalho, dando conta que este foi um caso, que pela sua gravidade, a "abalou bastante".
Com a habitação social, para onde Vânia, Marco e Rodrigo se mudaram na terça-feira, praticamente montada - faltará um roupeiro - a presidente de Junta enalteceu o facto de "desde a primeira hora a freguesia, e não só, ter abraçado esta família". "Temos tido muitas chamadas telefónicas", acrescentou.
Sendo a Junta de freguesia de Pedrouços o local escolhido para a entrega de bens para a família, Isabel descreveu que já li chegou "calçado para os três, vestuário, tachos, cobertores, colchas, edredões, lençóis, uma cama para o bebé, fraldas, brinquedos e até uma bicicleta" que fará chegar ao Rodrigo.
Com os bens de primeira necessidade supridos e uma vez que Marco ficou também sem o carro e o ordenado que tinha guardado em casa, Isabel acredita que a solidariedade poderá agora passar "pela ajuda com cabazes de alimentos, de preferências bens não perecíveis", como arroz, azeite, óleo, enlatados e papas para a criança.