Enrtrevista com Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal
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Na Medicina Legal em Aveiro estiveram pessoas para identificar os corpos carbonizados O que foi feito?
Na realidade, estiveram algumas pessoas para confirmar se são aqueles os corpos dos seus familiares. Foi feita uma recolha de sangue de um familiar que será processada amanhã (hoje) no Laboratório de Genética Forense da delegação do Centro do Instituto Nacional de Medicina Legal, em Coimbra, mas os resultados só serão conhecidos sexta-feira à tarde.
Fizeram reconhecimento dos corpos?
Foi feito, mas é muito difícil. Havia objectos pessoais que foram mostrados, mas estão parcialmente destruídos pelo fogo. Os familiares pensam que são deles. Portanto a forma que nós temos mais segura é a determinação do perfil de ADN.
Como se processa?
São as impressões digitais do sangue. Já temos as dos corpos que estão na delegação do IML de Aveiro e agora é confrontar com a amostra de sangue que foi recolhida de um familiar.
Até agora não tinha aparecido ninguém para identificar os corpos?
Só hoje (ontem) é que apareceram. As notícias iniciais diziam que era um corpo adulto e outro de criança e isso pode ter confundido as pessoas. Os corpos carbonizados reduzem-se muito e daí a confusão. Inicialmente, com as notícias, também pensávamos isso, mas depois verificámos que eram de dois adultos.