O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) assinou esta quarta-feira um protocolo com o Ministério do Trabalho e da Segurança Social com o objetivo de realizar testes de despiste à Covid-19 aos funcionários das instituições particulares de solidariedade social do distrito. A iniciativa é feita em parceria com a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE).
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É mais uma medida de reforço para ajudar os lares de idosos, a par de outras, desde logo os planos de contingência de que dispõem", afirmou a ministra Ana Mendes Godinho, destacando que se trata de "uma medida de prevenção", durante a assinatura do protocolo no IPB, em Bragança.
O IPB vai assumir a realização de cinco mil testes a lares, estimando de imediato 174 análises por dia e, numa segunda fase, ficará instalada uma capacidade de 348 testes por dia. O trabalho começa na próxima semana. Para a realização destas análises o IPB e a ULSNE criaram uma equipa de mais de 30 pessoas, cientistas e técnicos, que aceitam trabalhar neste projeto de forma voluntária.
Estes testes só serão feitos em IPSS "que tenham implementado o plano de contingência para salvaguardar medidas de segurança", realçou Ana Mendes Godinho.
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Na realização destes testes o IPB segue o protocolo laboratorial desenhado pelo Instituto de Medicina Molecular (IMM). Este protocolo baseia-se na metodologia desenvolvida pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças ("Center for Disease Control and Prevention") e foi certificado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
A Segurança Social tem esta parceria com quatro universidades e politécnicos e mais 13 a preparar-se para fazer testes em todo o país. Trata-se de um programa nacional de prevenção. "A Universidade do Algarve já realizou centenas de testes na última semana. Esta semana estão a fazer 900. O Instituto de Medicina Molecular também faz teste e a Universidade de Évora. Ao longo do país existem forma diferentes de operacionalização", sublinhou a ministra.
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Este movimento "inédito" de todo o ensino superior em prol da comunidade foi elogiado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor, que realçou "que a ciência cura e os cientistas estão mobilizados para trabalhar em prol de um desígnio nacional face à pandemia". "É o conhecimento e a capacidade disponível, testar e fazer diagnóstico", acrescentou.
O ministro deu conta que está a ser alinhavada uma estratégia europeia para "reunir esforços para financiar o desenvolvimento de uma vacina que devia demorar entre um ano a um ano e meio, juntamente com terapias que podem ser feitas de forma mais rápida até à ocorrência de uma vacina". Manuel Heitor explicou ainda que a genética do vírus tem muitas mutações, pelo que a produção de vacinas tem que ser testada em cada uma das mutaçõesm o que vai demorar algum tempo" .
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Ana Mendes Godinho anunciou ainda um programa para a contratação de trabalhadores para as IPSS, através do Instituto do Emprego e Formação Profissional que apoio em 90% do pagamento a estes trabalhadores.