A segunda fase das obras do Serviço de Urgência do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, foi adiada para o início de 2020 devido a atrasos com a conclusão da primeira fase.
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O arranque da segunda fase de obras estava previsto para novembro e vai implicar sérias limitações no atendimento de doentes menos urgentes, pois quem tiver pulseira verde ou azul na triagem vai ser encaminhado para centros de saúde, como o JN informou na edição de 28 de setembro.
O atraso da segunda fase até acontece em boa hora tendo em conta que não está, ainda, finalizado o plano de emergência que prevê uma parceria entre o hospital de Guimarães e o Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Ave. O plano pode prever, entre outros, que o Centro de Saúde da Amorosa veja alargado o horário de atendimento para poder receber os doentes de pulseira azul e verde provenientes do hospital.
Plano ultimado
"Há um atraso no início da segunda fase das obras, o que é normal", confirmou Henrique Capelas, presidente do Conselho de Administração do hospital. O mesmo responsável adianta que "está a ser ultimado um plano de emergência com a Administração Regional de Saúde", a que se seguirá um "plano de sensibilização e comunicação" para dar conta à população de todos os constrangimentos que venham a decorrer do início da nova fase das obras.
Os condicionalismos acontecem porque o atual espaço de atendimento da Urgência vai encerrar e toda a atividade vai passar para a parte nova, já construída, mesmo ao lado. Entretanto, a parte antiga é requalificada durante cerca de meio ano e no final as duas juntam-se num só espaço.
O atraso nas obras também permite que o hospital tenha capacidade de resposta durante parte do período da gripe em Portugal, ainda que o pico da atividade gripal, que acontece geralmente entre dezembro e fevereiro, possa coincidir com a mudança de instalações e consequente diminuição da capacidade de atendimento do hospital vimaranense para cerca de dois terços da atual capacidade.
Segundo disse Henrique Capelas em setembro, a falta de espaço decorrente da nova fase obriga a que a prioridade seja "atender aqueles que são urgentes", aconselhando-se todos os não urgentes a telefonarem para a linha de saúde (808 24 24 24), depois procurarem o Centro de Saúde e só em último recurso irem ao hospital.
Saiba Mais
Profissionais mantêm-se
O número de profissionais no Serviço de Urgência vai manter-se, apesar da diminuição do espaço.
Centros de Saúde
O horário dos centros de saúde pode ser alargado até às 22 horas. Atualmente fecham às 20 horas.
Cinco concelhos
A Urgência serve, diretamente, 265 mil pessoas de Guimarães, Fafe, Vizela, Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto.
Obra abrangente
São mais de 2000 metros quadrados de intervenção na zona do Serviço de Urgência e locais adjacentes.