A praga de jacintos que nos últimos dias tem infestado alguns locais da ria de Aveiro, como S. Jacinto, chegou já à Torreira, Murtosa, na parte norte da laguna, motivando protestos da Junta de Freguesia.
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A Junta de Freguesia da Torreira pediu à Administração Regional Hidrográfica da região Centro a limpeza de todos os locais onde os jacintos, uma planta aquática infestante, "já estão amontoados e sem possibilidades de circulação".
Vieira Marques, presidente daquela autarquia disse, ao JN, que a invasão de jacintos na ria, nomeadamente a sua acumulação junto às margens, "é motivo de grande preocupação" que também é comungada pelos pescadores da freguesia que "já alertaram esta autarquia para os inconvenientes e alguns prejuízos que tiveram os seus motores".
O presidente da Junta da Torreira salientou que o porto de abrigo está infestado de jacintos "o que dificulta a entrada e saída das embarcações". "Já estão encurralados e encaixados em certas zonas, que nem o vai e vem das marés os tira dali para fora", disse. Os jacintos também são visíveis na marina, nomeadamente na zona onde se encontra o guincho de subida e descida dos barcos de recreio. "A acumulação é tanta que já não é possível pô-lo a trabalhar", salientou José Vieira Marques.
Teresa Fidélis, da Administração Hidrográfica do Centro, justificou, ao JN, a praga de jacintos na ria de Aveiro com a necessidade de libertar parte dos 500 mil metros cúbicos daquela planta aquática que estavam armazenados junto à ponte de Sarrazola, no rio Novo do Príncipe, pondo em perigo aquela obra de arte.