Uma mulher cega, de 69 anos, conseguiu fugir de um incêndio que lhe deixou a casa, em Paramos, Espinho, sem condições de habitabilidade, ontem de manhã. O fogo terá sido causado por um curto-circuito numa televisão.<br />
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A única moradora, invisual, saiu pelo próprio pé e não sofreu quaisquer ferimentos.
Eram cerca das 10.30 horas da manhã de ontem quando Rosa de Oliveira Dias deu conta de um grande estrondo. Havia sido um curto-circuito na televisão, colocada na sala de estar, e que depressa deu origem a um incêndio. Sem hesitação, Rosa de Oliveira Dias depressa saiu de casa, antes mesmo do fogo ganhar outras proporções. Quando isso aconteceu, os vizinhos aperceberam-se.
"Foi a minha filha que me alertou para o que se estava a passar. Tratei logo de chamar os bombeiros", explicou Domingos Monteiro. Acorreram ao local os Voluntários de Espinho e de Esmoriz.
De acordo com Alexandre Oliveira, segundo comandante dos Voluntários de Espinho, o incêndio acabou por ser facilmente extinto com recurso aos extintores de pó químico. A casa, apesar de para já inabitável devido ao cheiro e ao negrume provocado pelo fumo, não sofreu danos estruturais. Às 11.30 horas, a operação foi dada por terminada.
A essa hora, já Rosa Dias estava no Centro Social de Paramos, onde costuma passar os dias. Só à noite vai para casa. "A nossa mãe faleceu há dois anos e nessa altura nós quisemos que a Rosa fosse para um lar. Mas, por um lado, ela não quis, e por outro pediam muito dinheiro", contou um irmão, António de Oliveira Dias. "Somos 10 irmãos e ela não vai com certeza ficar sem tecto", concluiu.