É a instituição do Politécnico do Porto que tem mais estudantes internacionais. Taxa de desistência de 10% levou a criar solução. Jovens dos PALOP têm mais dificuldades.
Corpo do artigo
“Cheguei a Portugal para estudar só no início do ano, porque demorou muito a conseguir o visto, mas até agora ainda não encontrei um quarto e isso é uma preocupação que todos os dias me tira o sono.” O desabafo é de Ivaristo Cabi, 27 anos, da Guiné-Bissau, que frequenta o mestrado de Informação Empresarial no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP). Também Larissa Manjante, de Moçambique, e Nuno Fernandes, de Cabo Verde, perderam o primeiro semestre por conta da demora no visto, quando chegaram a Portugal para estudar na mesma instituição, sediada em S. Mamede de Infesta, no concelho de Matosinhos.
As dificuldades encontradas pelos alunos internacionais são tantas que o ISCAP decidiu criar o Centro de Apoio Académico, Social e Administrativo (AASA), que tem como objetivo “o apoio e integração” destes universitários, sobretudo dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). O organismo, criado formalmente em novembro, começa agora a dar os primeiros passos.