Com as dificuldades a adensarem-se, a família de Simão, um menino de quatro anos que sofre de epilepsia grave e de doenças raras e precisa de terapias dispendiosas, tem lançado mão de eventos solidários para angariar fundos. No sábado realiza-se um jantar de Natal, em Gaia.
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“Não há ajudas nenhumas para estas crianças”, lamenta a mãe de Simão, que encontra nas ações solidárias um apoio para conseguir fazer face às despesas avultadas – são 2500 euros mensais - com as terapias intensivas do filho, de quatro anos.
O jantar solidário de Natal marcado para sábado terá lugar no Centro Paroquial de Pedroso, em Gaia, a partir das 19.30 horas. Além das receitas da entrada, também as vendas da feirinha solidária que vai realizar-se no mesmo local vão reverter para os tratamentos de Simão.
O evento inclui ainda animação musical e a partir das 22 horas haverá um pai Natal para animar pequenos e graúdos. As reservas são feitas através do telemóvel 916188252. Quem não tiver possibilidade de participar na iniciativa, pode também fazer donativos para a conta solidária de Simão Alves, com o NIB 001800035879 624402077, ou por MBWay, através do do número 916188252.
Duas doenças raras
Com duas doenças raras que lhe causam um severo atraso no desenvolvimento físico e cognitivo, o menino de Gaia precisa de terapias intensivas para melhorar. Sem resposta adequada no serviço de saúde público, a alternativa é o recurso a uma clínica privada em Espinho que os pais, Teresa e Pedro Alves, não conseguem pagar sem ajuda.
“O Simão não está a fazer todas as terapias que deveria, apenas as prioritárias, e, por mês, gasto com ele 2500 euros. É muito dinheiro, fora as deslocações, a medicação e as fraldas”, contabiliza Teresa, que teve de deixar de trabalhar para acompanhar o filho, que tem 95% de incapacidade e, aos quatro anos, “está com um peso de 9,9 quilos”.
“As terapias que o Simão está a fazer no privado, juntamente com uma alimentação adequada, estão a resultar, mas temos de fazer muitas sessões ou os tratamentos deixam de fazer efeito”, explica Teresa Alves, que critica a “falta de resposta, no Serviço Nacional de Saúde, para estas crianças”.
SNS não dá resposta
“O SNS não dá respostas nem tratamentos adequados como o privado, e devia suportar as terapias, que são caríssimas. Se elas resultam nas clínicas, a pagar, alguma coisa está a falhar no [setor] público”, considera a mãe de Simão, lamentando que, para poder fazer face aos elevados custos, “os pais tenham de fazer vários eventos para angariação de verbas”.
Para conseguir continuar a proporcionar os tratamentos ao menino, a família apela à ajuda de todos e criou, em janeiro passado, a página de Facebook “Juntos pelo Simãozinho”, para divulgar a causa, abrindo ainda a conta solidária.