Mau cheiro em Laúndos, Póvoa de Varzim, levou Junta de Freguesia de Laúndos a ironizar com a situação
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Maria e José tapam o nariz, o Menino chora desalmadamente, a árvore de Natal está carregada de resíduos e moscas e nem os reis magos aguentam o cheiro. O presépio, da autoria da Junta de Freguesia de Laúndos, na Póvoa de Varzim, está na rotunda à entrada da Zona Industrial e é mais um grito de revolta da população que, há um ano, sofre com o "pivete" exalado pelo aterro da Resulima em Paradela, Barcelos.
"As expressões das imagens retratam o sofrimento e angústia dos lanutenses. A árvore mal cuidada representa uma pilha de resíduos mal tratados e o desrespeito pela mãe natureza", afirma o presidente da Junta, Félix Marques, indignado com a inércia das autoridades, apesar das centenas de queixas das freguesias vizinhas de Laúndos e Rates. Félix Marques promete não baixar os braços na defesa da sua freguesia e, este mês, foi mesmo às assembleia de Barcelos e Barqueiros (Barcelos), apelar às populações que se juntem à Póvoa nesta luta.
Conforme o JN noticiou, a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território diz não existir legislação sobre odores e passa, agora, o caso para as mãos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e da Agência Portuguesa do Ambiente, a quem cabe fiscalizar as medidas impostas na vistoria realizada em março e emitir (ou não) licenças de exploração e ambiental.