Denúncias de alegadas irregularidades na Câmara Municipal de Penalva do Castelo (CMPC) estão, desde há alguns dias, a ser investigadas pela Polícia Judiciária (PJ).
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A notícia foi ontem confirmada por Leonídio Monteiro, presidente da autarquia, que desvaloriza a situação. "Há 16 anos que esta Câmara está a ser investigada. Sempre que estamos em vésperas de eleições, dois a três meses antes, há denúncias a pôr em causa a honestidade de quem trabalha no município. E a fonte é sempre a mesma", diz ao JN sem revelar o nome do denunciante.
Em causa estarão, ao que apurou o JN, alegadas irregularidades na utilização de bens municipais e na contratação de trabalhador.
Um dos casos terá a ver com a utilização, por parte de um vereador, de um veículo propriedade do município.
Leonídio Monteiro esclarece, sem avançar mais pormenores, que tal utilização é "legal".
Outro assunto que terá motivado a presença dos inspectores da PJ, que nos últimos dias têm recolhido depoimentos de vários funcionários e eleitos, terá a ver com a contratação alegadamente irregular de uma estagiária.
O presidente social-democrata na CMPC garante que a admissão da citada estagiária ocorreu na sequência de concurso público e dentro de total legalidade.
A inspecção acontece numa altura em que Leonídio Monteiro decidiu retirar os pelouros e a permanência a tempo inteiro a um vereador eleito nas suas listas.
"Embora já se ouvisse falar, só agora soube que o vereador António Baptista concorre nas próximas autárquicas por outro partido. Queria continuar no PSD mas em lugar elegível. Nestas condições, decidi retirar-lhe a confiança política", declarou.