Há um ano que as populações de Rates e Laundos desesperam com o mau cheiro da unidade da Resulima, em Paradela.
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A Junta de Freguesia de Laundos, na Póvoa de Varzim, já denunciou à Comissão Europeia os impactos negativos do aterro de Paradela (Barcelos). Um ano depois da entrada em funcionamento da unidade, onde foram investidos mais de 19 milhões de euros de fundos comunitários, os moradores estão cada vez mais desesperados com o mau cheiro.
"A denúncia foi devidamente justificada com todos os factos que têm ocorrido no aterro da Resulima, prejudicando a qualidade do ambiente das populações locais, através de odores intensos e outros efeitos negativos para a qualidade de vida dos cidadãos", afirma o presidente da junta, Félix Marques, que dirigiu a missiva à Comissária Europeia, responsável pelo Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional, e à autoridade nacional do programa POSEUR.
Félix Marques diz que este foi "mais um passo para que todas as autoridades responsáveis sejam alertadas e atuem" e promete não desistir até que o problema se resolva.
A Resulima, que gere os resíduos de seis municípios dos distritos de Braga e Viana do Castelo, diz que tem vindo a implementar "várias medidas" para minimizar o impacto do aterro nas populações vizinhas e, há uma semana, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) afirmou estarem "reunidas as condições" para licenciar a unidade, mas o certo é que quem ali vive, próximo do aterro, na fronteira com o município da Póvoa de Varzim, diz não aguentar mais com o "pivete", que é sentido "a quilómetros" e afeta gravemente as populações de nove freguesias dos concelhos da Póvoa, Barcelos e Esposende.