Os cinco membros da Junta de Freguesia de Ribeirão, em Vila Nova de Famalicão renunciaram ao mandato e querem que seja convocado um novo ato eleitoral. O chumbo do orçamento e a "chicana política" por parte da oposição por causa de um "lapso" no documento foram a "gota de água" para esta decisão.
Corpo do artigo
O executivo é constituído por três elementos da coligação PSD/CDS e dois do "Juntos por Ribeirão", uma composição conseguida por acordo cerca de cinco meses depois das eleições. A Assembleia de Freguesia é composta por seis eleitos do PSD/CDS, cinco do movimento e dois do PS.
Segundo Leonel Rocha, presidente da Junta demissionário eleito pelo PSD, o orçamento tinha um "lapso" relativamente à verba para o elevador que está a ser colocado no edifício da Junta. A verba de 27500 euros que constava do orçamento de 2022 não foi paga porque o apoio da Câmara Municipal acordado só poderá ser aprovado durante este mês. "Por lapso", o montante não foi colocado a zeros no orçamento de 2022 mas o assunto foi explicado e registado em ata, diz.
"Numa intervenção concertada, os elementos do movimento e do PS resolveram fazer chicana política e dizer que não se compreendia um elevador milionário", aponta acusando os elementos da oposição de "má fé".
Leonel Rocha diz estar disponível para "servir Ribeirão" mas noutras condições.
A líder do Movimento "Juntos por Ribeirão", Paula Santos remeteu uma posição para um "esclarecimento público" a emitir.
Ruben Gomes do PS diz-se "surpreso" com a demissão da Junta e explica que não podia votar favoravelmente um documento que "guia os destinos da freguesia" com um "erro grave". Acusa Leonel Rocha de "teimosia" e diz que quem fica a perder "é a população".