<p>O novo lar do Centro Social e Bem- Estar de Ouca (CSBEO) está concluído desde Abril passado, mas não pode funcionar por falta de equipamentos avaliados em um milhão de euros. Uma candidatura ao PARES foi recusada. </p>
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A candidatura que aquela Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) efectuou ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), na tentativa de conseguir financiamento para o material, orçado em cerca de um milhão de euros, foi indeferida, e o Centro não tem fundos para avançar sozinho.
O referido lar deveria ocupar cerca de 80% de um complexo de três andares destinado a diversas valências sociais, construído de raiz a expensas próprias da IPSS. A obra, iniciada ilegalmente em 1999, numa zona que, à data, era Reserva Ecológica e Agrícola Nacional, foi, entretanto, legalizada, mas nunca recebeu fundos comunitários. A IPSS teve de recorreu a um empréstimo bancário para terminar a obra e, de acordo com informações recolhidas pelo JN junto de fonte próxima da direcção, não tem fundos que lhe permitam apetrechar o lar.
Sem solução à vista, os idosos que actualmente se encontram num edifício contíguo bastante antigo, assim como muitos outros que estão em lista de espera, vão ter de aguardar.
O deputado José Manuel Ribeiro, que recentemente visitou as instalações a convite do presidente da autarquia, diz que "foram criadas expectativas" à instituição de que iria obter o necessário financiamento e classifica a situação como "incompreensível e até escandalosa!". O edil Rui Cruz corrobora e lamenta que a população saia "prejudicada".
"De um lado, um edifício antigo e com grandes limitações, mas com utentes. Do outro lado, a poucos metros, um edifício moderno mas praticamente vazio", refere o deputado, que questionou por escrito o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, na Assembleia da República. "Tem conhecimento" e "considera normal que depois de se criarem expectativas ao CSBEO, se recuse uma candidatura, que impede o funcionamento de um edifício novo e moderno, com evidente prejuízo para os utentes da instituição e da população que necessita de o utilizar?", pergunta, no texto que apresentou em Junho último e sobre o qual ainda não obteve resposta.