Com duas áreas de Covid positivo a funcionar atualmente, o Lar do Comércio, em Matosinhos, garante que "se o número de testes que ainda não chegaram forem positivos", a instituição ficará "absolutamente incapaz de prestar um serviço de qualidade aos utentes".
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A explicação foi dada ao JN por Emanuel Sousa, vogal da direção do Lar do Comércio, que, apesar de admitir que pode ter havido, durante as últimas semanas, alguma "ineficácia", reitera não haver "negligência".
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Assegurando que "tudo está a ser feito" para evitar consequências mais drásticas, Emanuel Sousa afirma que, tendo em conta "as infraestruturas e recursos" da instituição, se houver um grande aumento do número de casos positivos, "poderá haver um problema".
"Queremos acreditar que não vai acontecer porque não queremos tirar as pessoas daqui. Mas, em último caso, não teremos condições de criar todos os circuitos", completa.
Lembrando que o Lar do Comércio está, neste momento, com a equipa quase reduzida a 50%", o responsável fala, ainda, sobre a comunicação com os familiares dos utentes. "Não estamos a responder com a rapidez que era desejada, mas a verdade é que na maioria das situações - cerca de 80% - estamos a dar resposta. Percebemos a angústia de quem quer saber como está o seu ente querido, mas pedimos um bocadinho de compreensão", diz Emanuel Sousa.
Conforme o JN já noticiou, a Segurança Social disponibilizou 17 profissionais para reforçarem a equipa. Segundo o vogal da direção, destas 17 pessoas, oito são enfermeiros. "Mas só poderão começar a trabalhar quando fizerem o teste. Temos a disponibilidade, é verdade, e agradecemos à Segurança Social e à Proteção Civil. Mas temos de ser realistas: enquanto não fizerem o teste, não podem trabalhar", explicou Emanuel Sousa.