A freguesia de Lara, em Monção, vai repetir eleições, em princípio, a 26 de outubro, para decidir o empate verificado no passado domingo, com 85 votos para cada uma das duas candidaturas à junta, do movimento Juntos Por Lara (JPL) e do PPD/PSD.
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Devido a uma queixa, validada esta terça-feira em assembleia de apuramento, de uma eleitora que se recusou a votar alegando "falta de privacidade e confidencialidade" das cabines de voto, o ato eleitoral será repetido para os três órgãos: câmara, assembleia municipal e assembleia de freguesia.
Além da eleição do novo presidente de junta e equipa em Lara, o próximo resultado eleitoral na freguesia, poderá ditar, a entrada de um segundo vereador do PS na câmara de Monção, já que aquele partido ficou a três votos de o eleger.
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No domingo, o PSD reelegeu o presidente da autarquia, António Barbosa, e conquistou seis mandatos, com 66,47% dos votos (7564), quando até agora detinha cinco. E o PS obteve 22,14% da votação (2519) e elegeu um vereador, menos um do que no presente mandato. Ficou, no entanto, a cinco votos de eleger o segundo.
"Em Lara, para além do empate, houve uma reclamação à mesa sobre a posição da cabina de voto que não garantia a privacidade e a confidencialidade do voto. Foi uma senhora que não votou e fez uma reclamação por escrito", contou ao Jornal de Notícias Pedro Ribeiro, candidato independente do JPL, adiantando que dada a situação se entendeu que "já que se ia repetir uma eleição para a assembleia de freguesia, que se repetissem as três, também para a câmara e assembleia municipal".
Face a esta situação, neste momento, a composição definitiva do próximo executivo municipal de Monção fica em aberto até à repetição do ato eleitoral na freguesia que ficou empatada.
"Lara pode decidir tudo. Mesmo que o PS consiga, imagine-se, validar cinco votos nulos na assembleia de apuramento [esta terça-feira] e meta o segundo vereador, não está livre de nas próximas eleições o perder. Esta tudo em aberto", explica, referindo ainda que a data mais provável para realização da ida às urnas é 26 de outubro. "Tem de ser realizada até 14 dias depois das eleições e, para o próximo fim-de-semana, já não daria porque têm de ser impressos novos cadernos eleitorais, novos boletins, o mais certo é que seja no domingo 26".