Educação, com uma dotação de 18,1 milhões de euros, e as transferências para as freguesias são duas das aposta da Câmara.
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O Município de Leiria aprovou, esta terça-feira, o orçamento para o próximo ano, com uma dotação de 125,6 milhões de euro milhões de euros (ME), a maior dos últimos 15 anos. A educação, com uma dotação de 18,1 ME, e as transferências para as freguesias são duas das aposta da autarquia refletidas nos documento previsionais, aprovados com os votos contra dos três vereadores da oposição.
Na análise ao orçamento, que cresce 12% (mais 12,5 ME) face ao do presente ano, o presidente da câmara, Gonçalo Lopes, realçou o reforço do investimento na educação, com destaque para a requalificação de duas das escolas da cidade (Secundária Afonso Lopes Vieira e EB 2,3 D. Dinis) e o arranque da construção de um novo estabelecimento de ensino, para dar resposta ao crescimento do número de alunos na zona urbana de Leiria.
O autarca socialista sublinhou ainda a preocupação em "manter a tónica do rigor financeiro e contas certas", referindo que o serviço da dívida "continuará a diminuir", sendo que o ano de 2025 vai começar com a dívida bancária abaixo dos 10 ME, o que acontece pela primeira vez desde as obras do estádio municipal para o Euro2004.
Entre os principais investimentos inscritos em orçamento está o Terminal Intermodal de Leiria e o Parque Empresarial de Monte Redondo, duas obras já em execução que totalizarão 5,4 ME, bem como a construção de três novos centros de saúde (Barreira, Pousos e Santa Eufémia) e a conclusão do Centro de Artes Villa Portela. Os documentos previsionais contemplam ainda a transferência de 12 ME para as freguesias, o que, segundo uma nota de imprensa da câmara, "reforça o compromisso com o desenvolvimento coeso e equilibrado do concelho".
Vereador independente eleito pelo PSD, Álvaro Madureira lamentou "a falta de investimento estrutural" e criticou a decisão da maioria de manter percentagem de 5% na participação variável do município no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), sugerindo que o valor deveria baixar. "Temos de fazer obra: a circular externa que ligue o IC2 à EN 119 e à EN 242. A cidade está a crescer e sair e entrar da cidade é um caos. É preciso mais estacionamento. Temos de ser ambiciosos para resolver estes problemas", apontou o autarca da oposição.