Ligação por teleférico entre Porto, Gaia e Gondomar é “desafio interessante para a região”
O futuro presidente da Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), Marco Martins, considerou que novos projetos de mobilidade suave, como linhas de teleférico entre Porto, Gaia e Gondomar, são “desafios interessantes para a região”. A reação surge depois da sugestão apontada pelo presidente da Câmara de Gaia.
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“Teleféricos, linhas de BRT [Bus Rapid Transit] e novas formas de mobilidade suave são temas que merecem ser estudados, são desafios interessantes para a região. Como futuro presidente da TMP considero que tudo o que possa minimizar o trânsito caótico da região deve ser considerado, refletido e discutido”, disse Marco Martins, em declarações à agência Lusa.
Esta é uma das sugestões de um estudo da autoria de Álvaro Costa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto que fala sobre mobilidade e foi encomendado pela autarquia de Gaia.
Marco Martins, que é também presidente da Câmara de Gondomar, contou que existiram reuniões “há uns anos” sobre este tema, “um assunto metropolitano” que encara como “um desafio para a TMP”.
“Várias cidades europeias já avançaram com soluções destas. Faz sentido pensar nisto, sim”, disse à Lusa.
Também o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, ainda que admitindo “surpresa” pelo anúncio de Gaia, recordou à Lusa as reuniões sobre o tema que decorreram no passado.
“Vi essa notícia com alguma surpresa (…). O senhor presidente da Câmara de Gaia não falou comigo, mas seguramente também não vai ser para mim, vai ser para o meu sucessor”, referiu Rui Moreira, à margem de um encontro que decorre em Vigo, na Espanha, para debater a alta velocidade e que junta o autarca do Porto e o presidente da Junta da Galiza, Alfonso Rueda.
Rui Moreira apontou que “há alguns anos”, quando “ainda não se tinha decidido avançar com a linha [de metro] Rubi [que liga por ponte Gaia e Porto] se falou nisso”.
“Depois, como avançou a Linha Rubi [entre Santo Ovídio e Casa da Música], deixou-se cair”, contou, acrescentando que chegou a ter reuniões com Eduardo Vítor Rodrigues e “com um conjunto de empresas que têm este tipo de transporte de teleférico, nomeadamente da Colômbia” e que em causa estão “teleféricos grandes”.