Apesar da lei que limita a duração dos mandatos autárquicos a três consecutivos, a mobilidade entre câmaras continua a permitir o regresso de veteranos - vulgo "dinossauros" - à liderança municipal. Ainda nas eleições do último domingo, houve 21 autarcas que já tinham cumprido três ou mais mandatos que voltaram a ser eleitos, cinco deles em municípios diferentes.
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A conclusão é de Maria Antónia Pires de Almeida, investigadora do Centro de Investigação em Ciência Política da Universidade do Minho, que analisou este fenómeno que retrata no livro "Autarcas de longo curso -dinossauros autárquicos", apresentado esta quarta-feira em Oeiras, numa sessão organizada pela Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM), que serviu também para homenagear Elisabete Oliveira, presidente da Assembleia Municipal de Oeiras e vice-presidente da ANAM, que termina o seu mandato.
Na sua obra, a autora sublinha que a legislação em vigor não impede a continuidade política de figuras locais experientes, que muitas vezes encontram espaço noutros concelhos ou regressam após interregnos.