Maioria dos comerciantes de Alcântara, muitos dos quais ainda têm marcas das inundações ocorridas há um ano, dizem que não estão preparados para novo temporal.
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Quase um ano depois das cheias que deixaram dezenas desalojados e provocaram danos de centenas de milhares de euros aos comerciantes, na Grande Lisboa, muitos não conseguiram recuperar e ainda há estragos visíveis. Queixam-se da "burocracia" exigida pela Câmara de Lisboa, mas elogiam o maior cuidado com a limpeza das sarjetas. O Município (ler texto ao lado) diz que atribuiu apoios num total de 232 mil euros na sequência das chuvas fortes, entre 7 e 14 de dezembro, do ano passado.
É ainda com a mesma aflição que sentiu há um ano que Gabriela Martins recorda quando a água entrou impiedosa pelo restaurante Cantinho de Alcântara, "destruindo tudo". "Um carro que estava a boiar, lá fora, bateu contra a janela, partiu-a, e a água entrou e subiu até ao teto. São prejuízos de milhares de euros que nem 10 anos de trabalho dão para recuperar", conta a proprietária, que teve de colocar um teto novo. Cá fora instalou portadas, nas janelas e na entrada, financiadas em parte pela Câmara de Lisboa, que ali instalou sensores inteligentes que avisam quando a água começa a subir. "Esperemos que não volte, mas estamos mais preparados", acredita.