O presidente do Governo da Madeira reiterou esta quinta-feira a "disponibilidade total" da região para receber doentes com covid-19 do continente, na sequência da "sobrecarga" existente nos hospitais, mas disse estar ainda a aguardar resposta do Ministério da Saúde.
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"Não [recebemos resposta]. Aguardamos. Mas, temos disponibilidade total neste momento", disse Miguel Albuquerque, durante uma visita à nova unidade de internamento covid-19, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
Na quarta-feira, o Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) manifestou à ministra da Saúde, Marta Temido, disponibilidade para receber três doentes do continente na unidade de cuidados intensivos.
"Temos de dar o exemplo, neste momento em que o país está a sofrer um momento dramático", declarou o chefe do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, realçando que o Comando Operacional da Madeira está disponível para efetuar o transporte dos doentes por via aérea.
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Também na quarta-feira, a Ordem dos Médicos afirmou que os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo estão a chegar ao "final da linha", uma vez que já não conseguem ampliar o número de internamentos nos cuidados intensivos.
Esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas à margem da visita de Miguel Albuquerque à nova unidade de internamento covid-19, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, o diretor clínico do Sesaram, Júlio Nóbrega, sublinhou que o serviço regional de medicina intensiva é reconhecido pela Ordem do Médicos como um "serviço com idoneidade formativa total".
"Nós temos equipamento, nós temos ventiladores, nós temos monitores, nós temos camas", disse.
Júlio Nóbrega salientou ainda que, apesar de os madeirenses poderem vir a precisar desses recursos, "os doentes que estão no continente já precisam agora".
"Estão em situação muito aflitiva", afirmou.
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