Um incêndio e a explosão de uma botija de gás provocaram a morte a duas mulheres, mãe e filha, que viviam na mesma casa em Vilarinho da Raia, no concelho de Chaves. Aconteceu ao início da madrugada desta terça-feira.
Corpo do artigo
Maria Vieira, de 97 anos, e a filha Maria Deolinda Vieira Guerra, de 57 anos, viviam sozinhas e não se terão apercebido do incêndio que, eventualmente, terá originado a posterior explosão da botija. Não resistiram aos ferimentos. Os corpos foram transportados para o gabinete de medicina legal de Chaves para serem autopsiados.
Segundo o comandante dos bombeiros da Salvação Pública, José Carlos Silva, quando os operacionais chegaram ao local a casa já estava toda tomada pelas chamas, tendo ficado completamente destruída.
A explosão ouviu-se, até, nas aldeias vizinhas, mas ninguém a associou ao rebentamento de uma botija de gás. Estariam três dentro da casa.
Fernando Santos, 64 anos, vive em Vilarinho da Raia, conhecia bem as duas mulheres. "Maria Vieira ainda tinha autonomia para sair à rua e para fazer a sua vida normal. Tinha a cabecinha direita e ainda meia dúzia de anos pela frente. Era muito saudável", salientou, ao JN.
Maria Deolinda era a mais nova de quatro irmãos (três mulheres e um homem). Este último vive habitualmente em França, mas estava a passar uns dias de férias na localidade para visitar a mãe e a irmã. As outras duas irmãs também vivem em França.
A Polícia Judiciária esteve no local durante a madrugada e manhã para iniciar a investigação das circunstâncias em que ocorreu o incidente.
O alerta foi dado pela meia-noite e meia e para o local foram mobilizados cerca de 20 operacionais dos bombeiros da Salvação Pública, Flavienses, INEM, GNR e PJ, que contaram com o apoio de oito viaturas.