Mãe "rapta" filha recém-nascida do hospital ao fim de 22 dias à espera de decisão judicial
Uma mulher fugiu com a filha recém-nascida do Hospital de Santarém ao fim de 22 dias à espera de uma decisão judicial sobre o futuro da criança. A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar. A unidade de saúde garante que foram cumpridas "todas as medidas e protocolos de segurança preconizados".
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"A bebé em causa estava internada há 22 dias no serviço de neonatologia a aguardar resolução social, tendo o acompanhamento da mãe", refere, por escrito, a Unidade Local de Saúde da Lezíria, à qual pertence o Hospital de Santarém, acrescentando que, assim que a subtração da menina foi detetada, foram acionadas as entidades competentes.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, a mãe já estaria sinalizada, devido a uma situação anterior, quando deu à luz a bebé e, por essa razão, a menina não lhe foi imediatamente entregue pelas autoridade de saúde.
A decisão sobre o futuro da criança ficou, assim, nas mãos do Tribunal da Família e Menores que, 22 dias após o parto, não chegara ainda a qualquer conclusão.
Na passada sexta-feira, 13 de setembro de 2024, a mulher entrou então no hospital, agarrou na recém-nascida e abandonou a unidade hospitalar, desconhecendo-se o seu paradeiro.
A investigação foi inicialmente assumida pela PSP e entretanto transferida, por decisão do Ministério Público, para a PJ. Em causa está, à partida, não um crime de rapto mas de subtração de menor, punível com até dois anos de prisão ou até 240 dias de multa.