O Ministro da Administração Interna congratulou-se, esta segunda-feira, em Bragança porque este distrito é aquele que tem "o menor número de crimes participados em todo o país, o que é um dado muito positivo", afirmou José Luís Carneiro à margem do Dia do Comando Distrital da PSP, que assinalou 147 anos.
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Segundo o titular do MAI os números, nomeadamente a redução de 20% na criminalidade grave, "também mostram não apenas sentido de responsabilidade dos cidadãos, que com as suas atitudes e comportamentos têm vindo a ter, mas também a eficácia do dispositivo quer da PSP quer da GNR", acrescentou José Luís Carneiro vincando "que há bons fundamentos para que os indicadores de nível de confiança dos cidadãos e das instituições sejam elevados".
O comandante distrital da PSP, Carlos Anastácio, referiu que o quadro de agentes não está completo e que a média de idades ronda os 49 anos.
O ministro justificou que no âmbito do reforço de meios, que permitiu a entrada de 950 novos elementos em 2022 na PSP, estão a realizar formação cerca de 600. No comando de Bragança foram colocados 10 polícias, num total de 179 repartidos entre esta cidade e a de Mirandela. "Dos que entraram no ano passado houve também um reforço de meios humanos no comando distrital de Bragança, o mesmo aconteceu com o comando da GNR e, por outro lado, temos em curso no quadro da conclusão dos investimentos de 2017-2021 e 2021-2026 investimentos no distrito para qualificar o dispositivo da PSP e da GNR", descreveu José Luís Carneiro.
No distrito de Bragança, entre 2017 e 2021, o MAI investiu cerca de 1,9 milhões de euros na aquisição de viaturas e equipamentos policiais.
Ao contrário de Bragança, há outros distritos, como é o caso do Porto, onde o presidente da Câmara, Rui Moreira, se queixa de falta de agentes para policiar a vida noturna, não sendo possível recorrer aos serviços gratificados. "No ano passado colocamos mais 180 polícias no comando metropolitano do Porto, dos quais 50 foram dedicados exclusivamente a fazer policiamento de proximidade. Mesmo em relação às áreas mais sensíveis da cidade, os níveis de patrulhamento, de detenções, de operação de detenção criminal nas áreas mais sensíveis da cidade têm vindo a aumentar de uma forma exponencial, o que mostra que a força de segurança tem maior capacidade de resposta às exigências que tem vindo a ser colocadas", descreveu o ministro.
José Luís Carneiro anunciou ainda que através do novo Plano Plurianual de Investimentos, até 2026, está disponível um valor de 607 milhões de euros. Além disso, este ano será concluído o pagamento de retroativos de suplementos remuneratórios não pagos, em período de férias, que teve início em 2020 à razão de 28,5 milhões de euros por ano. O aumento do suplemento de risco nas forças de segurança passou de 21 euros para 100 euros, com um impacto anual de 50 milhões de euros. Vão ainda ser gastos 40 milhões de euros, a abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência, para a criação de alojamento e habitação para elementos das forças de segurança.