Maioria das famílias do Porto incapaz de acompanhar a subida dos preços das casas
Mais de metade dos agregados da Invicta não consegue comprar imóveis acima dos 190 mil euros. Procura disparou e a oferta é escassa.
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Cerca de 65% das famílias residentes no concelho do Porto só conseguem adquirir habitações com valor inferior a 190 mil euros, num contexto em que os preços médios continuam em alta. O mercado habitacional da Invicta está assim mergulhado num paradoxo: o número de residentes voltou a crescer e a cidade reforçou o seu estatuto de destino internacional, mas a capacidade dos agregados para comprar ou arrendar uma casa é cada vez mais limitada.
A pressão é evidente. Mais de metade dos agregados familiares (53%) do Porto só tem acesso a 11% da oferta residencial disponível, o que significa que o grosso do mercado - dominado por imóveis de valor elevado - está fora do alcance da maioria da população residente. Acresce que, entre 2011 e 2024, os preços médios de venda por metro quadrado cresceram acima de 6% ao ano em todos os concelhos da Área Metropolitana do Porto.