A fábrica Andradress, localizada no parque industrial de Lousada, já não vai reabrir após as férias, enviando para o desemprego 45 funcionários (na maioria, são mulheres).
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Ontem, segunda-feira, ao amanhecer, as operárias foram aguardar pela vez de atendimento para junto da porta do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Penafiel.
As funcionárias dizem que foram informadas da situação na passada sexta-feira, por três advogados contratados pelo patrão, Pedro Miguel Andrade, no sentido de avançarem com um pedido de insolvência.
"Fomos lá para receber o nosso dinheiro como o combinado. Somos pobres, mas se soubéssemos que era para ser resolvido assim também levávamos um advogado", explicou Cidália Faria, 26 anos, porta-voz da revolta. "Deram-nos a carta de despedimento, dizendo que não havia hipótese e que a empresa ia fechar", acrescentou.
As funcionárias da Andradress dizem que estão em falta salários e subsídios. O último dia de trabalho foi 18 de Agosto, data em que acabaram, com recurso a horas extraordinárias, uma encomenda de 18 mil camisas.
Segundo o relato das funcionárias, a Andradress foi criada com a divisão dos funcionários da Lousadress Confecção de Vestuário Exterior. Metade passou a receber o ordenado pela Andradress, gerida por Pedro Miguel Andrade, filho do proprietário da Lousadress, que manteve os restantes 50% de operários.
Apesar de diferentes empresas, os funcionários, acrescentaram, continuaram a trabalhar nos mesmos moldes debaixo do mesmo tecto e com as mesmas funções.
Os funcionários da Lousadress ainda não receberam qualquer informação sobre a extinção dos respectivos postos de trabalho, mas vivem em sobressalto. O fim das férias está marcado para o próximo dia 8.
O JN não conseguiu falar com os responsáveis da empresa que encerrou.