Mais de 36 mil famílias vivem em condições indignas no eixo entre Cascais e Loures
Salubridade e insegurança são os casos mais frequentes, a par da precariedade. Mais difícil é identificar a sobrelotação, porque muitas situações não são reportadas.
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Quase três quartos das famílias que vivem em condições habitacionais indignas na Área Metropolitana de Lisboa (AML) estão no eixo Cascais-Loures. Dos 50.417 agregados identificados nesta situação em toda a AML, 36.519 concentram-se aqui. Para este território, foram submetidas 19.901 habitações ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), números ainda insuficientes face à dimensão das carências habitacionais, que tenderão a agravar-se.
A maioria das pessoas que vivem em construções não licenciadas, acampamentos ou outras formas de alojamento precário na Área Metropolitana de Lisboa encontram-se naquele eixo, segundo os últimos dados da AML, que constam no "Diagnóstico das Condições Habitacionais Indignas". Esta faixa territorial, que abrange Lisboa, Amadora, Oeiras, Cascais, Sintra, Odivelas e Loures, concentra 75% dos agregados identificados, totalizando 36 519 famílias.