O presidente da República assistiu esta quarta-feira à homenagem no Aeródromo Municipal de Viseu e à missa de corpo presente do piloto do helicóptero do INEM que morreu no sábado, em Valongo.
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Uma última volta ao aeródromo de Viseu, um soneto escrito por um amigo e, no final da missa do corpo presente, na Igreja Nova, João Lima foi muito aplaudido, incluindo pelo presidente da República e pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto João Paulo Rebelo, que estiveram esta quarta-feira na homenagem ao piloto do helicóptero do INEM que no sábado se despenhou em Valongo.
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O que Marcelo Rebelo de Sousa tinha a dizer, disse-o aos ouvidos dos pais de João Lima, que ficaram sem filhos depois de um outro ter falecido, em dezembro de 1999, num acidente de carro em Santa Comba Dão.
João Lima fez a "última "rolagem" no aeródromo municipal de Viseu, infraestrutura onde fez o primeiro voo, onde foi instrutor e onde desempenhou parte da vida profissional, ao serviço da Proteção Civil e do INEM.
Tal como Paulo Soares, diretor do Aeródromo Municipal, já havia dito ao JN, João Lima entrou para a TAP, mas desistiu porque não queria transportar passageiros, mas sim operações de socorro e de emergência médica. Quem conheceu o piloto fala num homem "gentil".
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No último adeus estiveram ainda o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, elementos do INEM, Grupos de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR e dos Bombeiros Especiais, Canarinhos, que fizeram a escolta ao corpo do comandante durante a cerimónia religiosa.
Na igreja que foi pequena para todos os que quiseram prestar a última homenagem a João Lima, ouviu-se um grande salva de palmas quando o carro funerário saiu rumo ao crematório de Viseu.
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Antes, na Igreja, um amigo, José Campos, dedicou-lhe um soneto e o padre que presidiu à cerimónia também se referiu ao piloto fortemente elogiado : "Que ele nos sirva de exemplo ", afirmou.
A queda do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no sábado, em Valongo (distrito do Porto), provocou a morte a quatro pessoas - dois pilotos, um médico e uma enfermeira.
A aeronave, uma Agusta A109S operada pela empresa Babcock, regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.