"Hoje já não se vê quase ninguém", atira Luís Gouveia, olhando a rua praticamente deserta. Ele, que mora ali, quase ao lado da Igreja da Lapa, a dois passos do mar, na Póvoa de Varzim, viu "horrorizado" as imagens da marginal repleta de gente que, no passado domingo, correram o país.
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Hoje, diz, "são menos, muito menos", mas, "porque há polícia em todas as esquinas". PSP, Polícia Municipal e Proteção Civil estão no terreno e o trânsito está cortado.
"A Póvoa tem muitas casas de férias de pessoas de Guimarães, Famalicão, Santo Tirso, Trofa, que, a semana passada, com o bom tempo, vieram para a beira-mar", continua a contar Luís, ele que está, há três semanas, a cumprir o aconselhado isolamento social.
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Só sai "para passear o cão" e fazer "compras essenciais". Esta semana vê, satisfeito, a marginal quase vazia. Apesar de tudo, alerta: "Ainda anda muita gente na rua como se nada fosse. Há gente que ainda não percebeu a gravidade da situação".
Ali, todos concordam com o reforço de policiamento e com o corte de trânsito de marginal. O presidente da Câmara, Aires Pereira, já disse que a medida é para manter, todos os fins de semana, enquanto se mantiveram as recomendações de isolamento social da Direção-Geral de Saúde (DGS). A ideia é evitar que a "triste imagem" de uma cidade "irresponsável", a passear à beira-mar em pleno estado de emergência, não se repita.
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