A Câmara Municipal da Marinha Grande iniciou a realização de 500 testes laboratoriais para apurar se existem profissionais do concelho na "linha da frente" infetados com Covid-19. Colaboradores de lares, bombeiros voluntários e trabalhadores do Município estão entre os considerados prioritários.
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A Autarquia esclarece em comunicado que, além destes profissionais, os testes serão feitos a colaboradores das restantes Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho com contacto direto com utentes, assim como aos profissionais da Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) da Marinha Grande.
"O objetivo destes testes é detetar precocemente casos positivos e isolá-los, restringindo ao máximo a probabilidade de contágio, atendendo à vulnerabilidade dos utentes e dos residentes das instituições", justifica a presidente do Município, Cidália Ferreira, em comunicado. "Queremos garantir que a Marinha Grande está, dentro do humanamente possível, protegida contra esta pandemia."
Em declarações ao JN, a autarca manifesta preocupação, sobretudo com os munícipes com mais de 70 anos, uma vez que muitos estão a receber apoio domiciliário por intermédio de IPSS ou são transportados por bombeiros. A intenção dos testes é, assim, prevenir o risco de contágio.
Na expectativa que os resultados dos testes deem negativo, Cidália Ferreira revela, contudo, que os profissionais cujos resultados deem positivo serão submetidos a novos testes, já que existem recursos para isso.
Confrontada com o facto de ser o Município a assegurar os testes aos profissionais da UCC da Marinha Grande que prestam cuidados de saúde em casa dos utentes, a presidente da Autarquia diz que ninguém deve ser excluído. "Sabemos que a prioridade da Direção-Geral da Saúde são as pessoas identificadas com Covid-19, pelo que estes profissionais não estão abrangidos."
A equipa da UCC da Marinha Grande é constituída por um médico, um enfermeiro, um psicólogo, um fisioterapeuta e um assistente social. "Não quisemos deixar ninguém de fora que esteja em contacto direto com pessoas do exterior, e estes profissionais são um grupo de risco", reforça a autarca.