Até dezembro, preveem-se 1790 nascimentos, 25% deles de famílias de fora do concelho. Novas instalações no Monte da Virgem ajudam a superar número de 2019, na pré-pandemia: 1535.
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Estão a nascer mais bebés na Maternidade de Gaia. As novas instalações, no Monte da Virgem, ajudam a explicar o aumento. Até ao início deste mês, já tinham nascido 1613 crianças, marca que supera os valores pré-pandemia. Em 2019, foram 1535 e até ao final do corrente ano estão previstos 1790 nascimentos.
Como assinala António Vilarinho, diretor da Unidade da Mulher e da Criança, a "modernidade" e a "funcionalidade" dos serviços, concentrados num só piso, aliadas à "qualidade das equipas", estão a funcionar como atrativo. Prova disso é que cerca de 25% das grávidas são oriundas de fora dos concelhos de Gaia e de Espinho.
"Estamos ao nível do melhor que se faz na Europa", acentua o responsável, anotando que os custos são suportados pelo Serviço Nacional de Saúde, ficando, por isso, as mães isentas de despesas, o que é um fator diferenciador relativamente às instituições privadas.
Na Unidade II, inaugurada em março, há quartos privativos e o companheiro, ou alguém da família, pode acompanhar a parturiente a tempo inteiro, desde a entrada até à alta médica. Estas e outras comodidades contribuem para "inverter a tendência de queda" do número de partos na maternidade gaiense, antes localizada na Unidade I, no centro da cidade.
Nos últimos anos, a fasquia dos nascimentos ficou nos 1593 (2020) e nos 1432 (2021), perspetivando-se para 2023 entre 2050 e 2250. "Há mais procura", confirma o diretor.
"Melhor do que o privado"
Se os profissionais estão agradados com a nova realidade, também as mães, após darem à luz, mostram-se rendidas ao confortável ambiente encontrado.
"Optei por Gaia, por ser uma unidade nova e com boas referências. Correspondeu às expectativas. Nada tenho a apontar!", exclama Flávia Pascoal, com o filho Guilherme nos braços.
Ao seu lado, sentado no cadeirão e tranquilo, o marido, Hugo Martins, assina por baixo. Assistiu ao parto e diz que estar na totalidade do tempo ao lado da mulher é "fundamental". Por questões de "segurança" e de "aprendizagem". Ambos residem em S. João da Madeira.
Mais próximo do Monte da Virgem, em Olival, Gaia, moram Joana Lopes e João Sá. São, agora, os orgulhosos pais de Vitória. "Vim para aqui pela proximidade. Os profissionais são ótimos, assim como as estruturas. Melhor do que no setor privado. Recomendo a qualquer pessoa", destaca Joana Lopes, num discurso elogioso.
Igual grau de "satisfação" transmitiu João Sá. Adverte ser preciso dar tempo ao tempo, e fazer o devido planeamento, mas se o agregado vier a crescer, antecipa que o "próximo" parto já tem local definido: a Maternidade de Gaia.