O presidente da Câmara Municipal de Gaia, Luís Filipe Menezes, defendeu, esta quarta-feira, que a Polícia Marítima devia "atuar mais" junto dos cidadãos para proibir banhos em praias não vigiadas. No domingo, um rapaz de 15 anos desapareceu na praia do Areinho.
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A Polícia Marítima, que "não tem jurisdição municipal", devia "atuar mais, do ponto de vista pedagógico, junto dos cidadãos", alertando-os que "não é permitido tomar banho" em praias não vigiadas, disse o autarca, à margem da cerimónia de entrega e bênção de um veículo de salvamento e desencarceramento especial dos Bombeiros Sapadores de Gaia.
Luís Filipe Menezes defendeu ainda que "não é por culpa" da Câmara de Gaia que é proibido tomar banhos, por razões de saúde pública, em praias como a do Areínho, Oliveira do Douro, naquele concelho, aonde no domingo desapareceu um jovem, já que o município "fez o seu trabalho de saneamento ao longo dos anos".
O autarca sustentou que, "a montante, há muitos municípios que não têm o seu saneamento feito", embora o possam concluir em breve, com o projeto da SimDouro, pelo que o presidente de Gaia não prevê "que estas praias sejam frequentáveis nos próximos cinco ou seis anos".
"Nessa altura, quem dá a autorização não é a Câmara, são as autoridades sanitárias, o ministério do Ambiente e as autoridades portuárias", frisou, relembrando que o passo seguinte passa pelo "concurso de concessão da praia" e são os concessionários privados, não os municípios, que se responsabilizam pelos nadadores-salvadores.
Luís Filipe Menezes considerou por isso que, nesta altura, ter nadadores-salvadores na praia do Areínho "seria absurdo e ilegal", pois passaria o sinal "contraditório e perigoso" de que era permitido ali tomar banhos.
Mesmo que, um dia, a questão ambiental venha a ser ultrapassada e esta praia possa ser utilizada sem riscos para a saúde pública, o autarca recordou a "perigosidade de determinado tipo de correntes" naquela zona, pelo que terá de haver "alguns condicionamentos do ponto de vista de segurança".