A queixa-crime que o presidente da Câmara de Gaia, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, apresentou no Ministério Público (MP) contra o antecessor, Luís Filipe Menezes, devido a uma publicação no Facebook, "é a resposta tonta" à denúncia feita por este em outubro, afirma, ao JN, o ex-autarca gaiense.
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"É a resposta tonta ao inquérito já aberto pelo Ministério Público ao processo que lhe coloquei por crimes de prevaricação", reage Luís Filipe Menezes, em resposta ao JN, afirmando ainda que a queixa, aprovada nesta segunda-feira em reunião de Câmara com as abstenções do PSD, é o "disfarce de quem anda desequilibrado e já é um condenado por peculato".
Eduardo Vítor Rodrigues formalizou a queixa na sequência de uma publicação que Menezes fez no Facebook, em outubro passado, na qual acusa o autarca socialista de interferir no processo de licenciamento de um terreno de que era proprietário.
Na referida publicação, o ex-líder do PSD acusou Eduardo Vítor Rodrigues de ser o "mandante" de "criminosas cambalhotas", como a alteração de pareceres técnicos com o alegado intuito de o prejudicar.
Segundo a queixa apresentada pela Câmara e por Eduardo Vítor Rodrigues, a que o JN teve acesso, Menezes "acusou o Município de Vila Nova de Gaia de o discriminar em relação a outros munícipes por alegadamente o ter obrigado a pagar as 'cedências ao domínio público antes de iniciar a obra e não a final'".
Recorde-se que em outubro o Ministério Público confirmou ter aberto um inquérito à denúncia que Menezes apresentou contra o atual líder da autarquia, que acusou de interferir num processo de licenciamento de um terreno.