Os utilizadores da praia Azul, em Leça da Palmeira, Matosinhos, foram apanhados de surpresa com a interdição a banhos, que dura desde segunda-feira, e procuram alternativas. A proibição ainda não foi levantada e não há uma data para que isso aconteça.
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A praia Azul está interdita a banhos depois de uma análise à água, feita pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), ter revelado valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência. Apesar da bandeira vermelha, o areal contou, esta terça-feira, com várias pessoas, que aproveitaram o dia de calor.
Isabel Mata, uma das banhistas, não tinha conhecimento da situação quando chegou. Acompanhada por duas crianças, explicou que, apesar do imprevisto, elas “distraem-se a brincar na areia”. Ao contrário do que Isabel e a família tinham planeado, o dia no areal acabou por ser mais curto. Para suportar calor, optaram por procurar a sombra e beber mais água.
Outra das banhistas, Maria dos Anjos Macedo, foi abordada pela nadadora-salvadora quando se aproximava do mar, que a avisou do perigo. Ainda assim, insistiu que iria “à água molhar os pés e os braços”. Noémia Alves, que também optou pela praia Azul, foi, apanhada de surpresa. “Fiquei desanimada”, comentou.
Carolina Casals, a nadadora-salvadora, explicou que, no geral, as pessoas aceitam bem o desaconcelhamento, sobretudo quando acompanhadas por crianças. No entanto, caso mostrem resistência, é forçada a intervir, mesmo que isso implique chamar a Polícia Marítima, que tem autoridade para proibir a ida ao mar, podendo, até, multar.
“O papel da nadadora-salvadora é fazer a prevenção. Abordo quem vai para a água e peço para se afastarem por causa da bandeira vermelha, porque infelizmente nem todos a respeitam”, referiu.
José Araújo, gerente do Restaurante Bar Azul, que é concessionário da praia, explicou que quando a sinalização da interdição foi colocada “metade das pessoas foram embora, o que provocou uma grande diferença no negócio”.
Até ao momento não há uma data para o levantamento da proibição. A Agência Portuguesa do Ambiente tem feito testes diários e a interdição irá manter-se até as análises mostrarem valores dentro dos parâmetros de referência.