<p>A tradição cumpre-se anualmente, com profissionais da aviação a juntarem-se em Alcafozes, Idanha-a-Nova, para honrar a Padroeira da Aviação, Nossa Senhora do Loreto.</p>
Corpo do artigo
Este fim-de-semana repete-se o programa anual, prolongando-se para a manhã de amanhã, com uma missa campal celebrada pelo pároco local, coadjuvado pelo capelão da Força Aérea Portuguesa (FAP) e pelo capelão da TAP, com Guarda de Honra e Terno de Clarins.
Pilotos, tripulantes de cabine e responsáveis de companhias aéreas são presenças certas nestes festejos, cuja origem não está definida na localidade.
Fala-se numa família abastada que terá trazido de Itália a imagem de Nossa Senhora do Loreto e que construiu ali a capela. A verdade é que depressa a veneração local da santa, que em 24 de Março de 1920 foi consagrada pelo Papa Bento XV Padroeira Universal da Aviação, ganhou projecção, com a Força Aérea a ser primeira a marcar presença e a sobrevoar o recinto dos festejos durante a procissão. Actualmente, é uma esquadrilha de F16 que faz uma passagem sobre o recinto.
Desde há cerca de 40 anos que a TAP é também presença constante nas celebrações de Alcafozes, apenas com um interregno no pós 25 de Abril.
Para o pároco Adelino Lourenço, a romaria cada vez conta com mais gente. "São fenómenos sociológicos e que reflectem o estado de espírito de uma população", diz.
O local não tem características para atrair turistas, o que significa que quem ali vai, vai com fé. "Mas, não sei explicar o que se passa aqui, o que é que aqui há de humanamente atractivo? A Fé, mas não é a Fé dos teólogos...", acrescenta.
O pároco reconhece, no entanto, que a Força Aérea e a TAP têm sido a grande alma destes festejos. "Têm o mundo nas mãos e contactam com ele, transmitindo o que aqui se passa", acrescenta.