Não terão gostado da intenção dos militares em chamar a PSP para tomar conta do sinistro e partiram para a agressão. Ambos foram assistidos na urgência do hospital local. Um dos militares sofreu uma fratura no nariz.
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Dois militares pertencentes à “Esquadra 991 Harpias” das Forças Armadas, que se encontra destacada no Aeródromo Municipal de Mirandela com o objetivo de apoiar o combate e vigilância a incêndios rurais, através da monitorização aérea, “foram alvo de agressões, durante o período fora de serviço”, confirmou ao JN fonte oficial das Forças Armadas.
Os dois militares, de 25 e 32 anos de idade, “foram observados em instalação hospitalar, tendo obtido alta clínica. A situação foi reportada à Polícia de Segurança Pública que tomou conta da ocorrência”, adiantou a mesma fonte.
Ao que o JN conseguiu apurar, o caso aconteceu na madrugada de quinta-feira, por volta das 2 horas, quando os dois militares se encontravam no hotel Dom Dinis, na cidade de Mirandela, onde estão hospedados.
Nessa altura, nas imediações, ocorreu um despiste de uma viatura com dois ocupantes e os dois militares desceram dos quartos para tentar perceber se era necessária ajuda.
Quando se aperceberam que os ocupantes da viatura não tinham sofrido ferimentos graves, os militares terão sugerido chamar a PSP para tomar conta da ocorrência, mas os indivíduos não terão gostado da ideia e começaram a agredir os militares, tendo, entretanto, chegado mais duas viaturas com vários indivíduos que também terão “ajudado” nas agressões. Alguns minutos depois, os agressores fugiram para parte incerta e um dos militares deslocou-se pelo próprio pé ao serviço de urgência da unidade hospitalar local, que fica a cerca de 100 metros da unidade hoteleira, enquanto o outro foi levado por uma ambulância.
Ao que o JN apurou, o militar mais novo (25 anos) sofreu algumas escoriações na face com necessidade de ser suturado e teve alta. Já o militar mais velho (32 anos), fraturou a cana do nariz e acabou por ser enviado para o serviço de otorrino do hospital de Vila Real.
A PSP tomou conta da ocorrência e está a liderar as investigações para tentar identificar os agressores, mas ainda não fez qualquer detenção.
Os dois militares fazem parte da equipa que está a operar os drones para vigilância aérea e deteção de incêndios florestais, a partir do aeródromo de Mirandela, no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais em Portugal.
Segundo episódio violento
Em julho de 2020, um piloto de aviões de combate a incêndios ficou em estado grave depois de ter sido agredido, em Mirandela, com murros, pontapés e até com cadeiras da esplanada de um bar, na zona envolvente ao santuário de Nossa Senhora do Amparo, próximo da mesma unidade hoteleira (Dom Dinis), onde estava hospedado.
O caso aconteceu, cerca das 2 horas da madrugada de 19 de julho, quando o piloto da empresa que estava a operar no centro de meios aéreos da proteção civil, instalado no aeródromo Municipal local, terá sido agredido por um grupo de jovens.
A vítima sofreu traumatismos graves na face e no crânio e foi transferida para unidade especializada em cirurgia maxilo-facial, localizada em Viseu, onde foi submetido a várias intervenções cirúrgicas.
O caso ainda corre nos tribunais.