<p>Quarenta e quatro habitações foram atingidas pelo minitornado que, anteontem, quarta-feira, varreu as freguesias de Areias e Bêco, no concelho de Ferreira do Zêzere, avançou ontem Pedro Mendes, responsável pela Protecção Civil Municipal.</p>
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Segundo Pedro Mendes, das 44 habitações afectadas, 32 são residências permanentes, sendo as restantes segundas habitações.
A prioridade está a ser dada à colocação de telhas nas casas, um trabalho iniciado logo na manhã de quarta-feira por funcionários da Autarquia, estando também alguns proprietários (entre os quais emigrantes que entretanto chegaram) a verificar se os estragos estão ou não abrangidos pelas companhias de seguros.
As equipas municipais estavam ontem no terreno a fazer o levantamento do outro tipo de construções afectadas, como anexos, garagens, telheiros, currais, a par do acompanhamento social às pessoas mais afectadas, adiantou.
"Estamos a ser confrontados com questões curiosas para as quais estamos a procurar resposta, servindo de intermediários e procurando dar conforto aos mais idosos", disse Pedro Mendes.
Há pessoas que querem saber o que vai acontecer no caso dos olivais declarados para subsídios ao azeite e que foram literalmente arrancados pelo temporal da madrugada de quarta-feira ou ainda se podem vir a ser multados porque os sobreiros (espécie protegida por lei) já não estão onde estavam referenciados, exemplificou o responsável à agência Lusa. "São questões que podem parecer mesquinhas, mas que são pertinentes e em que estamos a tentar ser ponte", acrescentou.
Quanto aos desalojados, Pedro Mendes adiantou que acabaram por ser cinco, já que um dos idosos, residente em Vale Carreira, acabou por permanecer em casa depois de se ter verificado que a reposição do telhado na parte central da habitação permitia que ali pernoitasse.
A idosa de Casal do Zote foi admitida definitivamente no lar de idosos onde se encontrava em lista de espera, enquanto as duas residentes na casa de Picoinas ficaram uma (a filha) em casa de uma irmã e a outra (a mãe, com 85 anos) em casa de uma vizinha, até que haja condições de habitabilidade em sua casa.
Quanto aos dois desalojados de Milharadas, a mãe foi com um dos filhos para Lisboa e o filho ficou em casa de um vizinho, sendo esta habitação a de mais difícil recuperação por apresentar já anteriormente poucas condições, rematou o responsável pela protecção civil municipal.