<p>Cinco cidadãos de nacionalidade ucraniana e um bielorrusso vivem, há cerca de dois anos, em situação de miséria no concelho de Vila Verde. A única pessoa que dás algum tipo de ajuda é uma vizinha. A câmara desconhecia o caso, mas está já, no terreno, para resolver o problema.</p>
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Vieram para Portugal há mais de seis anos para trabalhar e arranjaram emprego, mas hoje não têm trabalho, não têm uma casa condigna, dinheiro nem tão pouco amigos. O que lhes tem valido, na luta diária pela sobrevivência, é a ajuda de uma vizinha que não consegue calar a voz perante a situação em que os homens se encontram. Enfermeiro, camionista e massagista na Bielorússia e na Ucrânia vivem hoje sem recursos para sequer se poderem alimentar, em casas desabitadas, totalmente degradadas. Costumam pedir para comer mas "quem os ajuda ainda lhes dá coisas podres", realça a dona Ana que convive de perto com os imigrantes.
A vilaverdense, pelos seus próprios meios, já tentou encontrar solução para os homens, mas as tentativas revelaram-se infrutíferas. "Fui à câmara de Vila Verde e mandaram-me ir a Braga, à Cruz Vermelha", conta dona Ana, recordando que uma médica do Centro de Saúde lhe indicou o Centro de Apoio ao Emigrante.
"Sou eu que lhes dou de comer e lhes lavo a roupa" e relembra a mais recente história: "fui eu que levei um deles ao médico e lhe comprei os medicamentos. Se assim não fosse, a esta hora estava tão fraco que já tinha morrido".
A divisão de Educação e Promoção Social desconhece a situação mas adianta quais são os procedimentos normais nestes casos: "quando a autarquia é procurada por cidadãos estrangeiros, legais no país, são ajudados realojando-os em habitação social, em caso de disponibilidade caso contrário, encaminhamos para o SEF".