Misericórdia de S. João da Madeira garante continuidade e reforço do hospital local
Perante a contestação gerada pela anunciada passagem da gestão do Hospital de S. João da Madeira para a Santa Casa da Misericórdia local, a instituição veio a público prestar esclarecimentos, assegurando que a unidade não vai encerrar e continuará integrada no SNS.
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Atualmente integrado na Unidade Local de Saúde (ULS) de Entre Douro e Vouga - que inclui também o Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, e o Hospital S. Miguel, em Oliveira de Azeméis - o futuro do hospital sanjoanense tem estado no centro de debates políticos, redes sociais e petições.
O provedor da Misericórdia, Francisco Nélson Pereira Lopes, sublinha que a mudança de gestão tem como objetivo reforçar a resposta do hospital à população, com a introdução da cirurgia de internamento, até agora inexistente, e o alargamento da oferta de consultas externas a cinco novas especialidades, para além das nove já existentes.
As áreas de Oncologia e Psiquiatria vão passar para o Hospital de S. Sebastião, mas essa alteração, esclarece o provedor, decorre de uma decisão anterior da ULS e não da mudança de gestão.
O Serviço de Urgência Básica manter-se-á, mas passará a funcionar 24 horas por dia, todos os dias, em articulação com a Linha SNS24, tornando-se uma referência regional para casos menos urgentes. Haverá ainda serviços de imagiologia e análises clínicas.
Quanto aos trabalhadores, será garantido o direito de opção: quem quiser manter-se no hospital sob gestão da Misericórdia não perderá o vínculo público nem os direitos adquiridos.
Segundo a Misericórdia, o acordo final depende ainda da definição, por parte do SNS, das quantidades de produção a contratar e do respetivo financiamento. Só depois será assinado o protocolo definitivo, cujos termos serão divulgados publicamente.