Montesinho beneficia de 1,3 milhões de euros para preservação de carvalhais e do lobo-ibérico
O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) está a desenvolver um projeto-piloto no Parque Natural de Montesinho com um investimento de um milhão e 355 mil euros.
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Trata-se do HabMonte que visa a conservação de espécies como os carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica e o lobo-ibérico.
O Projeto de Prevenção Estrutural e Conservação de Habitats Naturais Protegidos e Espécies Prioritárias permitirá materializar um conjunto muito relevante de ações fundamentais para assegurar a proteção/conservação de habitats protegidos, gerir espaços florestais sob cogestão pública, valorizar o habitat do lobo-ibérico e informar, sensibilizar e mobilizar a população para a conservação do património natural, em três áreas nucleares do Parque Natural de Montesinho, nomeadamente Lombada, Montesinho e Coroa.
O HabMonte é financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) e pelo Fundo Ambiental. "Melhorar o estado de conservação e aumentar a área de ocupação de habitats naturais protegidos com elevado valor de conservação como os carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica, melhorar o estado de conservação de espécies da fauna com elevado valor de conservação, como o lobo-ibérico, aumentar a resiliência da paisagem à perturbação causada pelos incêndios rurais, melhorar a gestão de áreas florestais sob cogestão pública e promover a comunicação, a sensibilização e o envolvimento da população e dos agentes deste território em prol da conservação do património natural local, são os objetivos", explica o ICNF.
A zona do Montesinho tem sofrido acentuadas alterações do uso e ocupação do solo, alterações demográficas, alterações dos preços dos fatores de produção e dos produtos da terra e desvalorização social e económica da atividade agrícola. "Estes processos tornaram a paisagem mais homogénea e menos resiliente a perturbações extremas como os incêndios rurais e as alterações climáticas", descreve a fonte do ICNF.