Moradores revoltados com linha de alta velocidade: "A minha casa vai abaixo"
População de Anadia contesta projetos e os valores das expropriações que estão previstos.
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Teófilo Rodrigues Pereira não esconde a revolta. Tem 74 anos e não dorme descansado desde que, há semanas, soube que uma das alternativas do traçado da linha de alta velocidade (LAV) poderá levar à demolição da sua casa, em Ancas, Anadia. Há 18 anos, a construção de uma estrada nacional levou também à expropriação da residência que possuía na altura, em Paraimo, outra localidade do concelho.
“[Um dos trajetos] leva isto tudo embora. A minha casa vai abaixo, esta ao meu lado também, a outra em frente e duas mais adiante”, enumera, sublinhando que duas das habitações em risco são “novas”. “Já conversamos todos para fazer uma contestação. Isto não vai ser com duas lérias assim”, assegura.