"O ministro [Miguel Pinto Luz] pediu para que, no prazo de 15 dias, seja apresentada uma revisão do estudo [de 2021], o que é uma boa notícia", afirmou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, acerca do futuro da VCI, após ter reunido com o responsável ministerial pela pasta das Infraestruturas e da Habitação.
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De acordo com Rui Moreira, a reunião também contou com técnicos da Infraestruturas de Portugal (IP) e da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
O estudo sobre a VCI, elaborado em 2021, e que envolveu o Ministério das Infraestruturas, a IP e as câmaras do Porto, Matosinhos e Maia, apontava para a recolocação de pórticos e uma redução 10 por cento do trânsito no anel rodoviário, segundo cálculos da época e que, hoje, "ainda se mantêm", como sublinhou Moreira.
"O ministro das Infraestruturas manifestou todo o interesse em que tal seja, agora, implementado. Tem de se fazer algumas alterações porque os tarifários, em alguns dos pórticos, foram alterados", acrescentou.
O autarca portuense deu um exemplo concreto para explicar o que está em causa: "Uma pessoa que vem de Braga, pela A3, porque é que vem à VCI para ir para Matosinhos? Por causa das portagens".
O presidente da Câmara do Porto não tem dúvidas que "se recolocarem pórticos, as pessoas farão o seu caminho natural, sem estarem a fazer desvios por causa das portagens".
"Isto vai ter um custo, que o ministro disse que o Estado irá assumir, porque, de facto, tem de reduzir algumas das portagens para que faça sentido", adiantou.
"O que estaremos a fazer é retirar o trânsito de atravessamento que o Porto não precisa. Não queremos reduzir o número de pessoas que entram na cidade, nem os portuenses que fazem a mesma coisa. Agora, se conseguirmos reduzir o trânsito de atravessamento, que não é necessário na VCI, que vem para cá por razões artificiais, é ótimo", concluiu.