A Associação de Municípios do Baixo Sabor acordou, esta segunda-feira, receber o valor de 400 mil euros por ano, durante quatro anos, do fundo daquela barragem que será assumido pela Movhera, a nova concessionária do Grupo Engie, que comprou o pacote de seis empreendimentos no rio Douro.
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"É um acordo que faz justiça com o território e é um passo em frente", afirmou Eduardo Tavares, presidente daquela Associação de Municípios, sublinhando que permite desenvolver projetos e o território. Trata-se de um valor fixo, cujo montante não depende de nenhuma forma de cálculo como anteriormente.
Os quatro municípios, nomeadamente Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo, reuniram-se com o responsável da Movhera em Portugal que mostrou disponibilidade "para colaborar com o desenvolvimento do Baixo Sabor" e considerou o acordo "um grande passo para a empresa para dar visibilidade no sentido de desenvolver projetos que beneficiem a economia local, a proteção do ambiente e a transição energética, pelo que estamos muito satisfeitos por fazer este trabalho em conjunto", referiu Bertrand Fauchet.
A criação do Fundo Ambiental do Baixo Sabor ficou consignada na Declaração de Impacte Ambiental do empreendimento, onde foi determinado que através do fundo os municípios tinham direito a 3% sobre o valor da receita líquida de produção.
Todavia, a então promotora, a EDP, "sempre se recusou a olhar de forma séria para o assunto, acenando com projeções que variam entre os 600 e os 950 mil euros/ano" que não foram cumpridos segundo os dados da associação.