O Movimento Cívico pela Estação Nova (MCEN), que deverá encerrar no início de 2024, espera conseguir uma reunião com o novo ministro das Infraestruturas, mantendo a esperança que haja uma reversão da decisão.
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.O grupo concentrou-se esta terça-feira no espaço, sensibilizando os seus utilizadores para o facto que a estação, situada no centro da cidade, está em vias de fechar, no seguimento do projeto do Metrobus.
"Submetemos a nossa posição no Parlamento e o encaminhamento processual é que este remete para o ministro das Infraestruturas. Não sei os prazos legais, mas deveremos ter resposta da tutela e esperamos reunir com o ministro, para que ele ouça as nossas propostas", aponta Luís Neto, do MCEN.
O Movimento lembra a importância da ferrovia no centro da cidade e o serviço que a estação presta a muitas pessoas que trabalham em Coimbra e se deslocam de comboio de concelhos vizinhos.
"A reação das pessoas é de incredulidade e revolta, porque as pessoas que usam a estação vão ter de fazer transbordo em Coimbra-B, com uma situação de rutura de carga. Muita gente, chegando ao centro, tem imensas linhas de autocarro que as levam a todos os pontos da cidade, o que não acontece em Coimbra-B", reforça Luís Neto.
Apesar de reconhecer a dificuldade em reverter o processo, Luís Neto mantém a esperança. "Se não acreditássemos não estaríamos aqui. No mínimo queremos que não aconteça sem que Coimbra desse conta", aponta.
Segundo o MCEN, "é um desperdício de dinheiro público desmantelar uma linha eletrificada e com sinalização moderna com um volume de passageiros tão considerável", completando que Coimbra será "a única cidade da Europa a encerrar uma estação central no século XXI".