A líder do Movimento "Juntos por Ribeirão", Paula Cristina Santos, acusa do presidente da Junta demissionário, Leonel Rocha, querer sempre eleições antecipadas e de "vitimização".
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A reação surge depois de o executivo da Junta de Freguesia, constituído por três elementos da coligação PSD/CDS e dois próprio movimento, terem renunciado ao cargo. Na base da decisão, estará o chumbo do orçamento para este ano por causa do elevador que está a ser construído no edifício da Autarquia.
Paula Santos mostra-se surpresa com a renúncia e refere que propôs que o orçamento não fosse votado na última assembleia de freguesia, para que a rubrica referente ao elevador, que deu origem à situação, fosse corrigida. Aponta que existia uma "duplicação" de valores para a referida obra mas como tal não aconteceu, a bancada do movimento e o PS votaram contra o documento, e o documento foi reprovado.
"Um erro em valores do orçamento deve ser corrigido não em ata mas através da reformulação do documento", afirma atirando que a "responsabilidade" do chumbo do orçamento foi "exclusivamente" a bancada do PSD/CDS que acusa de "má fé" por ter forçado a votação apesar do erro.
A líder do "Juntos por Ribeirão" lamenta ainda que Leonel Rocha, "por um capricho de não saber viver sem poder absoluto, coloque em causa o desenvolvimento da nossa vila".
Leonel Rocha e o executivo da Junta de Ribeirão renunciaram na passada terça-feira, acusando o movimento e os membros do PS na assembleia de freguesia de "chicana política" e de má fé. Justifica que a duplicação da verba foi um "lapso" que foi explicado e ficou registado em ata.
Na resposta, Paula Cristina Santos diz que não se confunda "chicana política com liberdade de expressão política em defesa dos interesses dos ribeirenses".
A Junta de Ribeirão é constituída por três elementos da coligação PSD/CDS e dois do "Juntos por Ribeirão", uma composição conseguida por acordo cerca de cinco meses depois das eleições. Contudo, a líder do movimento diz que este entendimento "serviu apenas para viabilizar o executivo", tendo deixado claro que "não tinha efeitos na Assembleia de Freguesia", onde prometiam "fiscalizar.
A Assembleia de Freguesia é composta por seis eleitos do PSD/CDS, cinco do movimento e dois do PS.