O deputado socialista Miranda Calha considerou ontem "grave" o estado em que se encontram as muralhas do castelo de Campo Maior, cujo desmoronamento parcial afectou 48 famílias.
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"A situação é muito complicada e nalgumas áreas podem acontecer situações graves", disse o deputado, em declarações à agência Lusa.
Miranda Calha, eleito pelo círculo de Portalegre, visitou Campo Maior na manhã de ontem, para observar "in loco" os prejuízos causados pela derrocada que atingiu as muralhas do castelo da vila na madrugada de terça-feira.
O desmoronamento parcial do monumento colocou em risco a vida de 48 famílias que vivem junto à estrutura histórica, incluindo 86 crianças. "É necessário que haja iniciativas, não só para instalar estas pessoas, que estão em risco, num outro local, como também encontrar saídas para toda aquela área", declarou.
Miranda Calha explicou que a sua deslocação a Campo Maior serviu para "apoiar" o município local e o presidente da câmara, Ricardo Pinheiro, seu camaradas de partido, em particular.
O deputado considerou ainda que o município local está a desenvolver uma "acção importante" para tentar resolver o problema, em diálogo com os diversos sectores que podem colaborar para a resolução do mesmo. "Eu estou aqui para disponibilizar-me e acompanhar algumas dessas situações", disse.
Entretanto, as famílias afectadas pela derrocada rejeitaram, anteontem, o realojamento em tendas, exigindo habitações às autoridades, disse, à agência Lusa o presidente do município, Ricardo Pinheiro. "As pessoas exigem casas, não querem tendas. E dizem que as tendas não têm condições. Por isso, a autarquia está a desenvolver vários contactos, principalmente com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, para resolver a situação", declarou.