Câmara da Póvoa de Varzim diz que agora vai nascer ali uma zona de passeio e lazer.
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Já foi demolido o muro de betão que foi construído encostado ao Aqueduto de Santa Clara, em Beiriz. Sete meses depois do início da polémica, a Câmara da Póvoa de Varzim diz que o monumento nacional recuperou “a sua dignidade e estrutura original” e garante que vai, agora, requalificar a envolvente.
“Foi efetuada a demolição total do muro. Com isto, o monumento nacional volta a recuperar a sua dignidade e estrutura original, assim como vê ampliada a sua área envolvente, uma vez que foi cedida ao município, pelo proprietário, uma parcela de terreno com 726,80 m2, que será agora devolvida à comunidade para fruição pública”, explica, em comunicado, a autarquia.
No total, os mais de 700 m2 juntam-se à área já existente, deixando o largo com quase 1500 m2, que, diz o município, “darão lugar, em breve, a uma zona aprazível, de passeio, de descanso e de lazer coletivo”.
Conforme o JN noticiou, o muro de betão com 1,5 metro de altura, recorde-se, foi construído a escassos centímetros do aqueduto, no remate de um loteamento de vivendas, que deixou dois arcos do monumento dentro de propriedade privada. A empreitada avançou com o aval da Câmara e o parecer favorável da Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN).
A DRCN diz que era a “reconstrução de um muro pré-existente” e não acautelou o afastamento legal obrigatório, que, garante, “devia ser verificado pelo proprietário” do aqueduto, a Direção-Geral do Património Cultural.
O muro de pedra foi substituído por uma parede de betão e deu, assim, argumentos à autarquia para embargar a obra. Seguiu-se um acordo com o promotor, que garante, agora, o afastamento de cinco metros aos arcos.