A Associação de Lojistas, Músicos e Artistas do STOP (ALMA STOP) denunciou, esta quinta-feira, que os músicos daquele centro comercial do Porto estão a ser "forçados" a sair, por causa das regras "impostas" pela Câmara e da cessação dos contratos de arrendamento. A ALMA STOP pede a intervenção do ministro da Cultura.
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A situação está a ser acompanhada "com enorme preocupação" pela Associação de Lojistas, Músicos e Artistas do STOP (ALMA STOP), revelou, num comunicado em que diz que "a maior comunidade musical do país está a ser lentamente esventrada".
É que, segundo a ALMA STOP, alguns músicos "não aguentaram a pressão" provocada pelo encerramento do centro comercial a 18 de junho passado e "constantes ameaças de encerramento". Outros, terão saído por causa das "limitações de horário impostas pela Câmara do Porto, que impedem" que se trabalhe depois das 23 horas, quando a maior parte dos artistas só consegue ensaiar à noite porque tem outra atividade durante o dia.
Acresce que "alguns proprietários estão a proceder à cessação de contratos dos inquilinos". "É impensável que sejam colocados nesta situação, obrigados a sair, quando foram os próprios músicos e artistas que fizeram do STOP o centro cultural que é", considera a ALMA.
Para aquela associação, esses fatores que têm levado à saída de músicos do centro comercial, "põem em causa a existência da comunidade e da produção cultural do Porto".
Por isso, a ALMA pede a intervenção do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. "É altura de o ministro da Cultura intervir publicamente e sem rodeios em defesa desta comunidade".
A associação exorta ainda a Câmara do Porto a "tomar medidas efetivas para a preservação" da produção cultural no STOP. Recorde-se que, segunda-feira, a Câmara do Porto vai debater, em reunião do Executivo, uma proposta que visa a classificação do STOP como espaço de interesse municipal.