Nas Caxinas, falta gente no mar, mas há quem frequente o centro de formação apenas para enriquecer o currículo
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Todas as noites, de segunda a sexta, há uma luz que cisma clarear a negritude da marginal das Caxinas, em Vila do Conde. Da rua, avista-se uma das salas de aula do FOR-MAR, Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar, muito concorrida. Desde o início do ano e até ao mês passado, já por ali passaram 537 alunos.
Nas Caxinas, naquela que é a maior comunidade piscatória do país, que conta com mais de cinco centenas de indonésios, há falta de quem queira ir para o mar e há quem dedique cinco horas diárias, durante quatro meses, a tirar o curso de marinheiro. Um esforço “duro” feito por muitos depois do horário laboral, entre as 18 e as 23 horas. O curso é gratuito e ainda dá direito a subsídio de refeição. Mas da turma de 17 alunos, nem todos querem ser pescadores...