Um vídeo publicado nas redes sociais que mostra pessoas a chegar em carros topo de gama a uma escola de Felgueiras, onde é feita a entrega de cabazes alimentares, está a causar polémica no concelho.
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O presidente da autarquia, Nuno Fonseca, disse ao JN que "nem tudo o que parece, é" e explicou que os apoios são atribuídos aos alunos com escalão, atribuído pela Segurança Social e às famílias que comprovaram, junto da ação social municipal, perda de rendimentos devido à pandemia, não sendo estes apoios atribuídos em função do carro que possuem.
A publicação do vídeo causou indignação na comunidade, que criticou o facto de habitantes locais se deslocarem em viaturas consideradas topo de gama até à Escola de Moutelas, no concelho de Felgueiras, onde a Câmara Municipal faz entrega de cabazes alimentares.
Confrontado com o vídeo que foi tornado público, Nuno Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, afirma que "nem tudo o que parece, é" e que em alguns casos, tem conhecimento de se tratarem "de pessoas sem transporte, que pediram a alguém que os levasse até lá para poderem recolher os alimentos" e em outros, pessoas que adquiriram as viaturas quando tinham capacidade financeira, que agora viram alterada por força da pandemia.
"As pessoas às vezes fazem más interpretações das coisas, pondo em causa duas medidas que são muito importantes para a nossa comunidade", frisou o autarca.
Segundo o autarca, os beneficiários destes apoios alimentares são os agregados familiares, cujos filhos frequentam as escolas do concelho e são beneficiários dos escalões A e B, definidos pela Segurança Social. "Quando entramos na pandemia e os alunos deixaram de frequentar a escola, alteramos o contrato com a empresa de fornecimento da alimentação nas escolas, e estes passaram a entregar matéria prima, que as famílias podem levantar na escola", explicou o autarca, acrescentando que este apoio chega a cerca de 600 famílias.
Além destes, o apoio chega ainda a cerca de 50 famílias, que comprovaram junto da ação social terem tido uma quebra nos rendimentos ou que perderam os seus empregos, devido à crise provocada pelo novo coronavírus.